[2008] Cubo card e o fomento à coletivos!

Nos últimos dias o setor Cubo Card do Espaço Cubo, representado por essa que vos fala, teve a missão de difundir e implementar a moeda solidária em alguns coletivos e projetos pelo país afora. O ponto de partida foi São Carlos (SP) durante a realização do Festival Contato.

Interessante perceber que para se implementar a tal moeda solidária, não basta levar um projeto contendo a tecnologia de aplicação sem considerar o contexto e a forma de organização das pessoas que estão inseridas no processo de construção cultural coletiva. Conhecendo melhor a dinâmica dos envolvidos na organização do Festival, foi diretriz essencial para a implementação da moeda, a formação de um coletivo de maneira organizada. E foi então esse o ponto de partida. Nasceu o Massa coletivo com organograma constituído e portanto, setores de produção e projetos delineados para inicar o processo de trocas solidárias.

Em Belo Horizonte, o mesmo processo se deu com o coletivo Pegada. Organização setorial do coletivo em prol da constituição da moeda solidária que facilitaria a viabilidade dos projetos e necessidades do coletivo.

Ainda em BH, um desafio maior: a parceria estabelecida entre o projeto Conexão Vivo e o Circuito Fora do Eixo automaticamente gera e gira um montante em card investidos pelos coletivos da rede, que deverá ser mapeado, atualizado e finalizado na perspectiva de dar visibilidade a moeda solidária que aglutina todas as moedas: O card fora do eixo.

Frente a tudo isso fica claro que o cubo card em seu conceito e prática, não se trata de uma atividade limitada a uma situação econômica, mas antes disso, a um comportamento cultural que fomenta e legitima um método de organização pautado nas premissas de autonomia, autoridade, solidariedade que cria alternativas fortalecendo a força de trabalho como ferramenta central de transformação entre o ser humano e a natureza.

O Cubo card ainda se torna personagem central dessa rede pautada na nova lógica cultural vivenciado cotidianamente pelo universo da música independente e que certamente, garante uma essencialidade universal apta a ser desenvolvida em qualquer área social humana. É um desafio cada vez maior e que não hesitamos em aceitar.

Nessa perspectiva, o Cubo card vem sendo a principal ferramenta de fomento à coletivos pelo Brasil, estimulando, conectando e permeando os meandros cotidianos dos "antigos" e "novos" coletivos culturais.

Para conhecer mais, basta acessar este blog ou enviar um e-mail para cubocard@gmail.com

[2008] São Carlos aposta na tecnologia do Cubo Card

blog coletivo UFSCAR

Pois bem. Como diretriz do maior movimento da cultura independente nacional - o Circuito Fora do Eixo, prontamente aceito pelo Instituto Cultural Espaço Cubo, a rodada pelo país no intuito de implementar moedas complementares 'a lá cubo card' já começou.

Desde 2007, através de oficinas ministradas pelo Espaço Cubo pelo interior de Minas Gerais (no que culminou o surgimento de coletivos como Retomada em Montes Claros) e Acre (coletivo Catraia), que o Espaço Cubo estabeleceu como meta a aplicação presencial das tecnologias experimentadas por ele, a fim de garantir a rede permanente do Circuito. Nessa, o cubo card é a bola da vez.

O 2º Festival Contato realizado pelo coletivo de estudantes da UFSCAR convida o Espaço Cubo para participar não só da mesa de discussão sobre economia solidária como para a aplicação do cubo card, num GT dirigido ao coletivo.

Na perspectiva da implementação e desenvolvimento de moedas complementares nos coletivos de cultura espalhados pelo país, o Espaço Cubo mais uma vez, sente-se privilegiado por contribuir com mais um passo dessa História.

Logo mais, postaremos como foi a experiência.
Para maiores informações : http://www.contato.contato.ufscar.br

[2008] Festival Pequi Rock cresce com o investimento do Cubo Card

O Festival Pequi Rock em sua segunda edição ganha um "up" em conceito e execução, a partir do investimento do Cubo Card. Em 2007, uma dupla dinâmica capitaneada por Lorena Bastos (a Lóris) em Montes Claros (MG), decide fazer algo pela cena de música da cidade e executam o primeiro Festival. No mesmo ano, tempos depois do Festival, o Instituto Cultural Espaço Cubo, convidado pelos realizadores do Conexão Telemig Celular circula por 04 cidades do interior de Minas aplicando uma oficina focada na formação de coletivos culturais independentes. Entre as cidades mapeadas estava a MOC (montes Claros). A partir daí, o coletivo RETOMADA surge e como primeiro resultado, a ampliação do Festival Pequi Rock.

A primeira ação foi a troca de tecnologia com o Espaço Cubo principiando uma parceiria real e concreta selada pelo contrato Cubo Card. Este, previu a consultoria de produção e programação do Festival em troca da veiculação da marca Espaço Cubo em todos os materiais de mídia. Cada um dos serviços custaram Cc$ 2.000,00 cubo cards totalizando, com a soma das trocas, Cc$ 4.000,00 cards. Ação que permitiu o salto do coletivo Retomada e do Festival Pequi Rock vistos "a olhos nus". Prova disso é o sucesso da primeira noite (hoje) com mais de 1.000 pessoas de público nos shows e a qualidade da organização.

Mais sobre pelo http://www.pequirock.blogspot.com
E daqui a pouco, cobertura pelo Coletivo Goma no Portal Fora do Eixo.

* Contrato cubo card Espaço Cubo e Pequi Rock

[2008] Orçamento Participativo Espaço Cubo - Março 2008

Imagem Ilustrativa

O Espaço Cubo é transparente em tudo o que faz. Não seria diferente com a área financeira. Especialmente por esta ser uma área polêmica, no sentido de vivermos em um sistema em que somente o que é instituição pública (governos municipais, estaduais e federais) deve satisfação à sociedade de maneira aberta.

O Espaço Cubo, mesmo sendo uma entidade privada com fins públicos, adota uma transparência financeira contínua e periódica para que a sociedade tome ciência dos investimentos e gastos das nossas atividades.

Dessa vez, publicamos os balanços financeiros do mês de março, já que os meses de janeiro e fevereiro já foram publicados. Em março, girou pela entidade o montante de R$ 9.720,30 reais sendo 80,25% do setor planejamento, 0,72% do setor discos, 16,49% do setor eventos e 2,54% de investimentos pessoais.

Confira os balanços e o gráfico nos link´s abaixo:

* Balanço Ashoka 1 (planejamento)
* Balanço verba livros cuboteca (cubo discos)
* Balanço verba evento Volume - Branco Ou Tinto (cubo eventos)
* Balanço verba evento Volume - Snorks (cubo eventos)
* Balanço Verba evento - Fóssil (cubo eventos)
* Balanço verba latas vazias (cubo eventos)
* Balanço verba Linha Dura (pessoal)
* Balanço verba Lenissa Lenza (pessoal)
* Balanço Verba Ney Hugo (pessoal)
* Balanço Verba Pablo Capilé (pessoal)
* Balanço Verba Thiago Dezan (pessoal)
* Gráfico de percentual financeiro de giro - mês de março 2008

[2008] Flickr do cubo Card atualizado com papel moeda

Papel moeda cubo card

A grande novidade do Cubo Card em 2008 foi a materialização do papel moeda cubo card. Concebido para atender a demanda, de maneira mais ágil, dos usuários e o próprio financeiro central do Espaço cubo, o papel moeda cubo card foi confecionado em 04 cédulas distintas sendo cada uma delas no valor de Cc$ 1,00; Cc$ 5,00; Cc$ 10,00 e Cc$ 50,00.

As cédulas têm design próprio desenvolvido pelo cubo card e carregam uma assinatura da coordenação do financeiro central. O papel moeda ainda deve ter uma marca d´agua que é colocado depois de impresso. Além disso, atrás de cada cédula tem um regulamento que explica exatamente como se dá o funcionamento do cubo card.

O Festival Calango foi o evento escolhido para que o papel moeda cubo card saísse da "ficção" para se tornar realidade, devido ao seu alto poder de visibilidade e fomento. O resultado foi o melhor possível e logo mais traremos notícias dessa pós.

Enquanto isso, vejam por si só como ficou lindo o papel moeda e outras 'cositas mas' no flickr do cubo card.

[2008] Encerra-se a 1º Eleição do Cubo Card

Durante 3 meses o site oficial do cubo card promoveu a 1º Eleição do sistema para mapear quais produtos e serviços são os mais cotados pela população cultural em geral. Cerca de 40 pessoas participaram da eleição contribuíndo para que o sistema de crédito se desenvolva na melhor perspectiva com a participação popular. Entre as opções estavam serviços ou produtos relacionados aos setores de comunicação, eventos, distribuição, sonorização e vídeo. O resultado pode ser conferido agora:

8% dos votos destinaram-se à produção de releases; 14% ao recebimento de ingressos para eventos; aos serviços de roadie, produção de palco, produção de eventos e elaboração de projetos, ao consumo de livros e Cd´s, 20% dos votos; Palestras e assessoria de comunicação, 22%; realização de oficinas de capacitação, 25%, Produção de vídeos 28% e à produção de clipes musicais 34%.

Percebe-se que a variedade dos serviços e produtos ofertados garantem a execução de projetos culturais nas mais diversas áreas. Porém, a música ainda parece reinar com o usufruto do cubo card. Afinal de contas, o maior percentual da eleição foi dedicado à produção de clipes musicais.

Contudo, o sistema de crédito cubo card (SCcC) busca se desenvolver para ampliar a demanda de todos os segmentos culturais afim de abarcar o maior número de agentes integrados e usuários do nosso sistema. A 1º Eleição foi um primeiro passo para mapear essa demanda e é a primeira de várias. A intenção é garantir as melhores ferramentas para que todos possamos compartilhar coletivamente desse sistema que vem para criar um novo hábito cultural mercadológico.

Logo mais, sempre mais notícias sobre o cubo card.

[2008] Economia Solidária se mostra prioridade no Calango

Paul Singer em palestra no Festival Calango

É notório que uma das atrações mais explosivas do Festival Calango 2008 foi a palestra do economista (por natureza e academia) Paul Singer. O tema Economia Solidária por sua vez, ganhou a devida atenção proporcional ao conceito desenvolvido pelo Instituto Cultural Espaço Cubo, com a moeda complementar Cubo Card. Mais do que uma moeda, o Cubo Card trata-se de um sistema de crédito pautado totalmente nos princípios de uma economia solidária e alternativa.
.
Paul Singer trouxe um pouco do seu vasto conhecimento para que toda a população cuiabana e especialmente, os coletivos envolvidos no Festival, conseguissem realmente impulsionar esse conceito em prática, nas suas atividades cotidianas. Um verdadeiro mestre do tema não poderia causar menos estímulo.
.
Junto à palestra de Paul Singer, a temática da economia solidária foi trabalhada no 1º Congresso Fora do Eixo, através do GT de ECONOMIA SOLIDÁRIA E MOEDAS COMPLEMENTARES que teve por objetivo conhecer mais das práticas já realizadas no universo da produção independente. Sem pretensão, o parâmetro mais palpável foi o sistema de crédito Cubo Card do qual viemos maturando em Cuiabá há 4 anos. Para tanto, um projeto do Cubo Card foi distribuído e estudado pelos participantes.
.
O que fica claro pelo projeto do Cubo Card é que um mapeamento de serviços e produtos de cada coletivo é o primeiro passo para a implementação de uma moeda. Além disso, devem ser mapeados setores de serviços e produtos externos aos coletivos, em cada município, na perspectiva de serem integrados ao sistema.
.
Como se não bastasse Paul Singer e um Congresso que abarca o tema, o Festival ainda trouxe a moeda complementar em sua cultura cotidiana, tendo distribuído cubo cards para cada congressista, bandas, produtores, coletivos e equipe em geral a fim de usufruírem e se engajarem no sistema durante o período do Calango e para além dele. Esse fator auxiliou e muito a todos os envolvidos visualizarem como é que na prática pode se comer, dormir, beber e vestir com o cubo card.
.
Ficou comprovado que teoria e prática devem mesmo caminhar juntas para que essa dialética do crescimento aconteça. E o Festival Calango provou mais uma vez que não se trata de um simples Festival de música ou de arte, é um Festival legítimo de Cultura alternativa.

Daqui a pouco vocês poderão conferir na íntegra, a quantidade e o valor de moeda cubo card distribuídos e recolhidos pelo Festival Calango.

Fiquem atentos!