terça-feira, 30 de junho de 2009

[2009] Nova fase do Massa Coletiva destaca a Economia Solidária

Há poucos dias o coletivo Massa Coletiva, ponto fora do eixo coordenador regional de São Paulo, finalizou a I Conferência da própria entidade com fins de sistematizar os novos encaminhamentos do coletivo.

A empreitada trouxe quatro eixos principais a serem discutidos por todos os membros do próprio coletivo e convidados, como o Coletivo Goma de Uberlândia (MG) e o professor Shimbo, gestor da INCOOP - Incubadora de cooperativas populares da UFSCAR. Os eixos se dividiram em "Estrutura", "Relações Institucionais", "Organograma" e "Moedas complemetares" sendo que todos os membros participavam de todas as mesas num esquema rotativo.

O resultado da ação foi percebido a olhos vistos, lançando ainda um método interessante para ser abordado para a formação de outros coletivos da rede. O investimento foi depositado no "Banco Massa de estímulo" que retroalimentou a própria entidade e os parceiros também envolvidos nesse importante passo da história cultural independente de São Carlos e consequentemente do Circuito Fora do Eixo.

A iniciativa é claramente um movimento que legitima os princípios solidários da economia cultural à base de sistemas de crédito e moedas complementares que vem sendo desenvolvidas pelos coletivos da rede há algum tempo a exemplo do Cubo Card e mais recentemente, do Goma Card e Lumoeda, oportunizando a presença de um professor gabaritado no assunto que pudesse chancelar e aprimorar o que estamos construindo em prática e teoria.

O mais importante desse rico debate promovido pela ação é que o terreno vai sendo preparado e alimentado de maneira orgânica, construindo o repertório coletivo através da prática, que por sua vez cria o hábito individual do "fazer coletivo". O processo de aprendizado para a construção do repertório (discurso) e da ação estratégica coletiva, passa pelo reconhecimento das próprias limitações que uma vez visualizadas, permite o desenvolvimento de alternativas que rompem as amarras (inerentemente praticadas), fruto do processo individualizado absorvido pela "cultura dominante histórica". Essa "teoria" ainda mostra que nada pode ser replicado de maneira "uniforme" ou "mecânica". Tem que ser visceral, sentida, absorvida e adequada aos parâmetros da própria realidade vivida pelo coletivo.

É estimulante ter consciencia que a troca de tecnologias entre os coletivos da rede só geram bons resultados. Parabéns ao Massa Coletiva, Coletivo Goma e todos os coletivos do Circuito Fora do Eixo afim de entrar nessa empreitada em busca de novos paradigmas sociais com a cultura independente.

Vejam relatos no blog do Goma Card e logo mais, os resutados gerados no Blog (ainda a ser criado também como resultado) do Massa Tec.

Nenhum comentário: